Avós: memória e gratidão

Se a família fosse uma árvore, os avós seriam a raiz e os netos cresceriam como frutos, nutridos e inspirados pela sabedoria dos mais velhos. Crianças que têm o privilégio de conviver com os avós ganham memórias. Eles estão conectados pela vida que se perpetua e deve ser celebrada. Feliz dia dos avós. 

Ter avós é um presente, para sempre!

Sabe aquela imagem antiga dos avós sempre sentados no sofá, fazendo crochê ou lendo o jornal? Então, esquece! Hoje, eles parecem jovens em qualquer idade! Muitos são tão ativos e antenados às novidades do mundo quanto nossos filhos. E aí, quando netos e avós se encontram, parecem todos umas crianças. Eles têm menos preocupações e mais tempo do que os pais para se entregar à criação de brincadeiras e histórias. 

É nessa hora que a experiência e a sabedoria dos mais velhos nutrem a curiosidade dos mais novos que, com energia de sobra, enchem qualquer pessoa de alegria e otimismo. Não importa a diferença de idade, quando os interesses se conectam, a afinidade e o carinho são imediatos. O ciclo da vida é sábio e a longevidade, uma dádiva: possibilita que o tempo passado, o presente e o futuro se mantenham vivos, ligados por gerações em elos de afeto e gratidão.

A criadora do site “Avosidade”, Elisabeth Junqueira, 59 anos, discorda totalmente daquela frase que diz: “ser avó é ser mãe duas vezes”. Para ela, que tem seis netos, é preciso estar aberta para viver uma relação diferente de qualquer outra, sem se impor, mas ocupando um espaço de muito amor que visa estimular os filhos ao exercício da maternidade e da paternidade. Isso é fundamental principalmente nos primeiros anos de vida de uma criança. Do zero aos três anos, a chegada de um bebê exige uma adaptação geral da família. Contar com o apoio dos avós é um grande privilégio para pais e netos. 

Como avó, é preciso estar sempre atenta, aconselha Elisabeth: “Não é porque você tinha determinados hábitos na criação de um filho que pode repeti-los com os netos. Os tempos são outros. O papel dos avós é dar um respiro para os pais, alertá-los quando necessário, mas sem desautorizá-los”. Esta e outras dicas e reflexões são compartilhadas pela jornalista no site "www.avosidade.com.br". Vale a visita!

Aos pais e mães que tiverem a oportunidade, permitam-se aprender com a interação dos mais velhos com os mais novos. O futuro sem uma conexão com o passado cria pessoas superficiais, que valorizam o que é transitório. E nessa convivência entre avós e netos, a fala calma de um se junta à escuta sem pressa do outro numa troca valiosa para o fortalecimento de valiosos vínculos familiares.

Ok, estamos carecas de saber que os avós, com raras exceções, costumam “estragar” nossos filhos e permitir tudo aquilo que proibimos ou limitamos: doces, porcarias, eletrônicos... Tudo bem! Quando a exceção não vira regra, ela se transforma em memórias de afeto, gera aprendizados e estímulos a relações profundas e duradouras. Ter avós é um presente, para sempre!