Múltiplas possibilidades para ser feliz

Faça um teste: vá até a praça ou parque mais próximo de sua casa num fim de semana e repare quem está cuidando das crianças. Certamente, você vai encontrar uma variação enorme entre mães e pais, juntos ou separados, sozinhos ou acompanhados de novos parceiros, parceiras, enteados...

A responsabilidade pela educação dos filhos não é mais exclusividade das mães como nas gerações passadas. O afeto também faz parte das “atribuições” de pai, que por sua vez deixou de ser o único provedor financeiro e vem assumindo novos papéis, definidos de acordo com a forma de pensar e a maneira de viver de cada família. 

Aliás, “família” também é um termo que vem ganhando novos significados numa sociedade contemporânea que não se prende mais a modelos tradicionais e se forma com base em valores como afinidade, lealdade e admiração, independentemente de laços sanguíneos.

O que poderia gerar relações mais frágeis resulta em novas combinações, no mínimo, mais verdadeiras. “Que seja eterno enquanto dure”, já dizia o poeta Vinícius de Moraes. Enquanto houver amor, vale tudo: mãe e pai juntinhos, pais separados, adotivos, re-uniões de divorciados com ou sem filhos, uniões de pessoas do mesmo sexo com filhos ou não, mãe solteira, pai com a guarda, guardas compartilhadas... certamente, entre os coleguinhas do seu filho, você já encontra alguma diversidade. 

A boa notícia é que o resultado disso são múltiplas referências de criação nas quais a criança vai poder compartilhar seu dia-a-dia e se orientar por pessoas que estão próximas a ela por afeto e não por obrigação de parentesco. Se o bem estar da criança for colocado em primeiro lugar por seus cuidadores e responsáveis, casados ou não, ela só tem a ganhar. O modelo perfeito de família? É aquele capaz de proporcionar um convívio harmonioso, favorável ao crescimento pessoal de todos e, na maior parte do tempo, feliz.